Dor nas pernas é um sintoma que praticamente todo mundo já sentiu por algum motivo. Geralmente, esse tipo de dor é relacionado a problemas de circulação, como varizes, mas, na verdade, existem várias causas para esse problema. Nas nossas pernas temos vasos sanguíneos, músculos, ossos, articulações, nervos, gordura e pele. E, para cada um deles, temos doenças que podem levar a dor nas pernas e nos pés.
Assim, a dor nas pernas pode ter diversas causas, como má circulação, dor ciática, varizes, excesso de esforço físico ou neuropatia. Por isso, para identificar a sua causa deve-se observar o local exato e as características da dor, assim como se as duas pernas são afetadas ou somente uma.
A fisioterapeuta Marcelle Pinheiro, membro do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, relacionou duas causas mais comuns de dores nas pernas.
DOR MUSCULAR
Essa provavelmente é a causa mais comum de dores nas pernas. A dor muscular pode surgir após um esforço físico imprevisto, como depois de praticar exercício físico intenso ou ao usar um sapato desconfortável, por exemplo. Nestes casos, a , na maioria das vezes, surge no final do dia e é, muitas vezes, considerada apenas um “cansaço nas pernas”. Outra causa comum de dor nas pernas de origem muscular são as cãibras que normalmente ocorrem durante a noite e são muito frequentes durante a gravidez.
O que fazer: A princípio este tipo de dor não requer medicamentos. A fisioterapeuta sugere apenas tomar um banho morno e deitar com as pernas elevadas. Isso irá facilitar a circulação sanguínea, reduzir o cansaço.
PROBLEMAS NA COLUNA
Quando a pessoa sente dores localizadas no fundo das costas, nos glúteos, na parte superior das coxas, sensação de formigamento e fraqueza nas pernas, isso pode ser ocasionado por alterações no bom posicionamento da coluna vertebral. Dores nas pernas ao caminhar pode ser também, inflamação no nervo ciático ou hérnia de disco.
O que fazer: A dica da fisioterapeuta é colocar uma compressa morna no local da dor, deixando atuar por 20 minutos. Por um tempo será importante evitar esforços, levantar objetos pesados e, em alguns casos, pode ser preciso fazer fisioterapia.
PROBLEMAS NAS ARTICULAÇÕES
Os problemas das articulações ocorrem principalmente devido ao desgaste pelo uso. Isso quer dizer que quanto mais você usa aquela articulação e quanto mais idade você tem maior a chance de desgastar as articulações e ter dores. Outras causas de dores nas articulações são as artrites ou inflamações das articulações. Este problema é comum em idosos e sobretudo, está relacionada com doenças, como artrite ou artrose. A rigidez das pernas e dores constantes são os principais sintomas.
O que fazer: A especialista sugere a aplicação de compressa quente sobre a articulação dolorida, como joelho ou tornozelo, durante cerca de 15 minutos. Ao mesmo tempo, é recomendado consultar o ortopedista pois pode ser necessário tomar anti-inflamatórios ou fazer fisioterapia.
A médica portuguesa, Dra. Joana Carvalho, angiologista e cirurgiã vascular mostrou quais são as duas principais causas de cores nas pernas de origem vascular, relatadas pelos seus pacientes.
VARIZES
A angiologista explicou que esta é a maior causa de dores nas pernas de seus pacientes. As varizes podem causar sensação de cansaço, peso e dores nas pernas. Mas mesmo antes das varizes serem visíveis, as dores já se podem fazer sentir, particularmente ao fim do dia. Se deixadas por tratar, as varizes tendem a agravar, com o desenvolvimento de mais varizes e de potenciais complicações .
O que fazer: A médica diz que existem hoje, diversos tratamentos para varizes, somente o angiologista poderá definir o que é melhor para cada caso.
DOENÇA ARTERIAL PERIFÉRICA
Neste caso, segundo a médica, as dores nas pernas surgem após o esforço e desaparecerem com o descanso. As dores são provocadas pela oxigenação deficiente dos músculos, uma consequência do estreitamento das artérias pela acumulação de placa aterosclerótica.
O que fazer: Segundo Dra Joana, os tratamentos incluem fisioterapia (programa de marcha) e fármacos. Em casos mais graves pode ser necessário recorrer a intervenção cirúrgica.
