Pediatra Ana Escobar explica que, dentre as causas naturais, apenas por doença, a pandemia é a que mais mata pessoas na faixa etária de 10 a 19 anos
“Das causas naturais, por doenças, sem contar acidentes ou violência, a Covid-19 já é, na faixa etária de 10 a 19 anos, a causa de óbitos número 1. Já passou do câncer, por exemplo.”
Escobar ressalta que, apesar da morte de crianças e adolescentes representar apenas 0,5% do total de vítimas da Covid-19, o número vem crescendo e atingindo os mais jovens. “É um número que, graças a Deus, é pequeno, mas está aumentando, é expressivo. Vamos seguir com as medidas de proteção até que a gente tenha todo mundo vacinado”, diz.
A pediatra avalia que, quando foi identificado que a Covid-19 poderia ser mais agressiva em pessoas acima de 60 anos, os adolescentes deixaram de ser prioridade. “A gente falou: deixa esses aí. O que acontece? A vacina andou, e a gente começou justamente a vacinar o grupo de maior risco. Na hora em que a gente está vacinando o grupo de maior risco, aparece agora este outro grupo de pessoas sendo acometido pela doença.”
Por isso, ela defende que seja ampliada a comunicação em relação aos perigos de contágio para os mais jovens e que comecem a vacinação o quanto antes (dentro da possibilidade, é claro).
A médica também traz o dado de que a maioria das crianças e adolescentes que morreram por conta da doença tinham outro problema de saúde o que ajudou a agravar os casos. “A imensa maioria dos jovens que faleceu por Covid tinha alguma comorbidade. Qual? Diabetes, doenças pulmonares, câncer e doenças que levam à imunossupressão.”
Aulas presenciais
Na avaliação da pediatra, é possível fazer uma volta às escolas de maneira segura, respeitando as medidas restritivas. Escobar diz que, com professores e funcionários vacinados, é necessário o retorno para o desenvolvimento das crianças.
“O ambiente escolar é seguro desde que as instituições mantenham o distanciamento de um metro [entre as pessoas]. Cada escola tem que ver quantos alunos cabem em uma sala para fazer o distanciamento. Adotar máscara para todo mundo acima de dois anos, higienização das mãos e arejamento dos espaços. Com isso, o ambiente escolar fica seguro.”
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