Corte em programas de vacinação provoca volta de doenças erradicadas
7 de julho de 2018

Em Manaus, um bebê de sete meses morreu em decorrência de sarampo e a situação na capital do estado do Amazonas é de emergência: 271 casos confirmados e 1.841 suspeitas.

O governo Temer resolveu promover corte de recursos para os programas de vacinação, o que pode trazer consequências podem ser gravíssimas. Hoje, o Brasil já vive um momento dramático com a volta de doenças erradicadas décadas atrás. Em Manaus (AM), por exemplo, um bebê de sete meses morreu em decorrência de sarampo e a situação na capital do estado do Amazonas é de emergência: 271 casos confirmados e 1.841 suspeitas, segundo reportagem de Bruno Tadeu, do Estado de S.Paulo.

O bebê foi a primeira vítima fatal do sarampo em Manaus. O fato foi ratificado pela prefeitura de Manaus na quinta-feira (5), depois do resultado da sorologia realizada pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen/AM). De acordo com o histórico médico, o menino não havia sido vacinado.

O bebê apresentou os primeiros sintomas como febre, tosse e coriza no último dia 23 e foi internado no Hospital e Pronto Socorro Infantil João Lúcio, em Manaus, depois que seu quadro se agravou.

O estado de Roraima já havia registrado duas mortes em consequência do sarampo, entre fevereiro e março. Uma criança venezuelana de três anos e origem indígena e um bebê brasileiro de três meses morreram, depois de terem contraído a doença. Ainda há um óbito em investigação.

Roraima já contabiliza 200 casos confirmados, sendo que 133 (66,5%) são de venezuelanos que vivem no estado. Outros 65 (32,5%) são de brasileiros e há ainda um caso procedente da Guiana e um da Argentina.

Erradicação

O sarampo era muito comum entre crianças brasileiras, mas havia sido erradicada. O anúncio oficial foi feito durante a visita ao Brasil de Marceline Dahl-Regis, presidente do Comitê Internacional de Especialistas de Avaliação e Documentação da Sustentabilidade do Sarampo nas Américas, em 2016. O último caso relatado da doença no país tinha sido no Ceará, em julho de 2015.

Fonte> ISTOÈ