A vacinação é a melhor maneira de se proteger de uma variedade de doenças graves. Patrícia Fisch, professora de Infectologia da Escola de Medicina da PUCRS, explica que a vacinação é uma das intervenções de saúde mais eficazes e faz parte da batalha contra as doenças há mais de 200 anos.
A campanha de vacinação em larga proporção mundial conseguiu erradicar a varíola, por exemplo, doença que teve seu último caso no Brasil em 1971, no mundo em 1977, e na Somália foi declarada erradicada pela Organização das Nações Unidas em 1980.
Os dados da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e Multivacinação de 2022 afirmam que 54,21% das crianças entre um e cinco anos incompletos foram imunizadas contra a poliomielite, sendo que a meta era atingir 95% do público-alvo da vacina. De acordo com Patrícia, a queda na cobertura vacinal coloca o Brasil em risco para reintrodução da doença em território nacional, mesmo que a doença tenha sido erradicada no país em 1994.
A docente explica que isso acontece porque a poliomielite ainda não foi erradicada no mundo. De acordo com a professora, a pólio ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus. Ele pode infectar crianças e adultos, provocando ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
Vacinas são seguras e eficazes
A vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite, por conta disso, a professora explica que todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas, conforme o esquema de vacinação de rotina e a campanha nacional anual. Nas últimas décadas, a vacinação infantil reduziu substancialmente a morbidade e a mortalidade por doenças infecciosas nos países que tem amplo acesso às vacinas.
As vacinas são feitas com microrganismos inativados ou parte dos microrganismos da própria doença que previne. No entanto, estes microrganismos estão enfraquecidos ou mortos, fazendo com que o corpo não desenvolva a doença, mas esteja preparado para combatê-la se for necessário.
A professora complementa que dentre as doenças imunopreveníveis se destacam poliomielite, sarampo, tétano, difteria, coqueluche, caxumba, febre amarela, hepatites A e B, influenza (gripe), entre outras. Mesmo quando as vacinas não são totalmente capazes de evitar a infecção, os casos entre os vacinados são geralmente mais leves, como na Covid-19.
Toda vacina licenciada para uso passou antes por diversas fases de avaliação, garantindo sua segurança. Elas também passam pela avaliação de institutos reguladores rígidos. No Brasil, essa função cabe à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Algumas pessoas podem ter efeitos colaterais leves após tomarem uma vacina, como dor no local da injeção e febre baixa.
Fonte: PUCRS
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