Família de Edson Davi realiza ato em memória de seu desaparecimento e denuncia falhas no enfrentamento aos desaparecimentos no RJ
4 de janeiro de 2025

Neste sábado (4), a família de Edson Davi organizou um ato em memória do menino, desaparecido há um ano, levantando questões cruciais sobre as falhas no enfrentamento dos desaparecimentos no estado do Rio de Janeiro. O caso de Edson, junto ao de outras vítimas como Flaviane Carvalho, desaparecida desde 23 de dezembro em Nova Iguaçu, evidencia a falta de respostas das autoridades e a negligência nas investigações.

Marize, mãe de Edson Davi, fez um apelo emocionado em busca de justiça. Ela relatou que, desde o segundo mês após o desaparecimento, não tem mais contato com a delegacia, pois não acredita na versão de que seu filho tenha se afogado. “Contratei uma perícia séria que provou, com relatório, que meu filho nunca entrou no mar. Isso é um fato, temos como provar”, disse Marize, que também solicitou à Polícia Federal que assuma a investigação. “Nosso apelo é que a Polícia Federal passe a investigar com seriedade e dignidade. Tudo leva a crer que meu filho foi vítima de tráfico humano”, afirmou.

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O ato, que homenageou a memória de Edson Davi, também buscou pressionar por políticas públicas mais eficazes no enfrentamento dos desaparecimentos, especialmente na Baixada Fluminense, região com altos índices desse crime. Durante o evento, Adriano Dias, fundador da ComCausa, destacou a gravidade da situação. “A dor de quem busca desaparecidos é uma dor que nunca passa”, afirmou, ressaltando a falta de apoio técnico e psicológico às famílias afetadas.

Além disso, o vereador Leniel, que esteve presente no ato, reafirmou seu compromisso com a causa e destacou que, em breve, irá compor a Comissão de Crianças e Adolescentes da Câmara do Rio. Ele reiterou a importância de políticas públicas mais eficazes e a necessidade de uma atuação mais incisiva das autoridades.

A presença da ComCausa no ato reafirma o papel das organizações sociais na luta por justiça e na cobrança para que os casos de desaparecimentos no estado não sejam negligenciados. “A sociedade civil precisa pressionar para que esses casos não sejam esquecidos. A luta não pode parar enquanto houver famílias em sofrimento”, concluiu Adriano Dias.

João Oscar
Equipe Comunicando ComCausa

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