Um mundo sem Internet: Um processo de Ressocialização!
5 de maio de 2016

Muita gente imagina um fim de mundo, todo recheado de fantasias e acontecimentos alucinantes. Invasão zumbi, abdução por extraterrestres, terremotos hollywoodianos, meteoros gigantes invadindo o planeta e etc. essas coisas eu até não ligaria que acontecesse, mas só lá em Brasília.

Ou seja, a galera divaga em acontecimentos escatológicos que fogem a mente humana e que é de dar inveja a C.S.Lewis, ou Tolkien. Mas sinto em informar que, tudo isso seria fichinha perto do fim da internet. Seria, como diz minha mãe, ” de morder a orelha”. Isso porque somos dependentes da internet. Da forma mais pacífica fomos agrilhoados.

Antes de qualquer coisa, não quero falar aqui da importância da internet pra fins educativos, pedagógicos ou sei lá mais o que. Sim, a falta da internet prejudicaria em altíssima escala a vida acadêmica, profissional, econômica de quase todo mundo. Principalmente, quanto a falta da liberdade de notícias. Digo quase todo mundo, porque ainda existem aqueles que vivem fora desse mundo cibernético.

Ou seja, antes que você venha de “mimimi”, eu sei dos benefícios da “net”. Mas quero, e vou falar, daquilo que envolve mais do que isso. De alma. De vida. De comunicação interpessoal. De relacionamentos. Em suma, de todo um processo natural, humano e civilizado de relações que estaria totalmente prejudicado pela falta dessa ferramenta. Justamente pelo fato de se criarem o produto, e bem depois, e as vezes quase nunca, manual. Mas, vamos lá então.  Um mundo sem internet…seria…vejamos:

Um caos!! Muito provavelmente um suicídio coletivo. Ou se não, as pessoas iam morrendo aos pouco mesmo. E os sobreviventes à tal catástrofe? A galera ia encontrar uma tremenda dificuldade para continuar vivendo. Uma vida sem curtidas? Uma vida sem seguidores virtuais? Uma vida sem apps? Uma vida sem o poder de exibição gratuita? Xi! Ia produzir pessoas depressivas e neuróticas.

Pessoas iam se enclausurar em seus próprios mundos dantes desconhecidos e nada adubados. Resultado? Esterilidade de alma. De sensações e de sentimentos. O medo, que outrora era sublimado pela net, agora iria permear até o corpo. Fobias. Uma série de comportamentos anormais. Isso porque já fomos dominados pelo qual a internet oferece. E fomos tão facilmente… Insegurança, impotência, coisas que antes havia uma substituição, mesmo que imperfeita, agora está latente e gritando na alma.

Por outro lado, seria um recomeço, ou devo dizer, um renascimento das relações pessoais e íntimas. As pessoas seriam reeducadas. A falta de internet resultaria na necessidade de uma reabilitação social. A galera ia passar pelo processo de ressocialização. E isso aconteceria. Seria como sair da era paleolítica de modo repentino.

Talvez nesse novo renascer, as pessoas alcançassem maturidade tal que aprenderiam a amar e a cuidar da natureza. Dos animais. Da flora. De tudo. Das próprias pessoas, mesmo as de perto, e mais ainda as de longe.  Talvez a internet devesse acabar, para que realmente um renascer cultural, educativo, ético, moral, sensato, pudesse florescer. Aí, e somente a partir daí quem sabe, a internet não pudesse dar as caras novamente? Já estaríamos curados e desintoxicados. Será? Será? Bom, vou lá, tenho que postar esse texto, antes que tal possibilidade venha a calhar.

um mundo sem internet

Um abraço e que Deus nos abençoe.
Joao Marques

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