Nessa rápida e passageira existência por essa Terra, todos nós escolhemos direções a seguir todos os dias. Todo mundo toca seu “barco” em alguma direção. Uns escolhem a direita, e outros a esquerda; uns escolhem o Norte, e outros o Sul; há aqueles que escolhem subir, e também outros que preferem descer; uns apenas ficam parados na expectativa de terceiros e outros gostam de andar em círculos.
Até os desorientados (falo exclusivamente daqueles que são de fato mentalmente perturbados, e que tomam atitudes sem alicerce estrutural algum) seguem algum tipo de direção. Não posso deixar de falar da existência daqueles que transitam de direções. Aqueles que mudam suas posições de acordo com o ” andar da carruagem”. Transitam para lá e para cá, em direções diversas na busca pelo conforto e pelo sucesso.
Claro que todos estes com suas mais variadas diretrizes pensam estar indo para a frente e avante, no sentido mais próspero possível. Mas será que de fato estão? Não sei. Sei que esse pensamento de progresso é natural do ser humano. E a ingenuidade também é. Só através desse tempo de caminhada é que saberemos se será o sucesso ou o infortúnio que estará nos aguardando.
As direções que escolhemos podem ser tomadas por três formas distintas: por vontade própria, por indução, ou por constrangimento. O primeiro modo é o mais viável e apropriado, pois envolve uma completude própria de pensamentos e ideias. É o modo que é decidido através das nossas próprias análises e concepções.
É o modo, digamos, mais autêntico. O segundo modo é aquele pelo qual há uma enorme influência de amigos, de vizinhos, de políticos, de pastores, de pais, de professores, de pensadores, de placas, tendências, da mídia, de qualquer tipo de opinião externa que consideremos como validos. Não é ruim não. É cabível e praticável. O problema é quando eu deixo de pensar e de analisar. É quando eu deixo minha capacidade de raciocínio de lado em prol do raciocínio dos outros.
O problema é quando eu sigo as conclusões dos outros logo de cara, só pelo fato do tal ser conhecido ou ter acertado algumas vezes na vida. E conclusões e direções de terceiros nem sempre se aplicam a todo mundo. Sempre há uma pessoalidade envolvida em cada direção e pensamento.
O terceiro modo, é o constrangimento. Sabe quando você é forçado a tomar uma posição? Sabe quando te forçam a tomar tal caminho? Então, meu caro, você foi nada mais nada menos do que constrangido. É aquela sensação de ” se eu não tomar essa postura, vão me apedrejar”. É horrível.
Mas muita gente tem tomado suas decisões dessa maneira. Coagido. Os três modos podem dar certo. Pode ser que funcionem vez ou outra. O que não é uma regra. E não devemos nos basear pelas exceções. O quero dizer com tudo isso, é que, seja lá qual for a direção a ser tomada, que seja de modo consciente.
Ter o prazer de pensar, analisar, deduzir e concluir, é imenso e nada paga. Muitas vezes o constrangimento dará certo. Mas não terá sido fruto de suas próprias concatenações. Eu não sei qual direção você escolheu seguir. Ou quem sabe, está faltando combustível pra tocar esse barco. Mas o barco ainda existe. O porto seguro está bem próximo. Onde? Não me pergunte. Talvez para bem longe do cais. Ou nem tanto. Pode ser que esteja logo ali, desde que você tenha escolhido uma boa direção.
Joao Marques
Notícias de Seropédica, do Brasil e do Mundo
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