Estimativas feitas em 2019 diziam que o pico do atual ciclo solar seria em 2025, mas uma revisão nos dados adiantou o processo
O Sol atingirá o pico de seu atual ciclo de atividade em 2024, um ano antes das estimativas anteriores. A informação é do Centro de Previsão do Tempo Espacial (SWPC) da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA.
Entenda:
- Os campos magnéticos do Sol estão em constante atividade;
- Quando ocorrem altas concentrações de energia magnética interna, aparecem manchas escuras no astro;
- Essas manchas solares podem explodir em consequência da pressão interna dos campos magnéticos se emaranhando;
- Quando isso acontece, o Sol dispara jatos de plasma (vento solar) para o espaço;
- Esses jatos também são chamados de ejeção de massa coronal (CME);
- Se as CMEs são lançadas em direção à Terra, podem atingir a atmosfera do planeta e reagir com a magnetosfera;
- Isso provoca tempestades geomagnéticas;
- A depender da potência, essas tempestades podem ocasionar desde a formação de auroras até efeitos mais graves, como interrupções em sistemas de comunicação ou mesmo derrubar satélites em órbita;
- A atividade solar oscila em ciclos de cerca de 11 anos;
- Atualmente, estamos no ciclo 25 (ou seja, o 25º desde que os cientistas começaram a observar essa dinâmica);
- Próximo ao pico de cada ciclo (Máximo Solar), o Sol fica mais “furioso”;
- Isso quer dizer que as erupções surgem em maior número e são mais violentas;
- O Máximo Solar do ciclo atual era previsto para 2025, mas deve chegar mais cedo e ainda mais forte do que o estimado pelos cientistas em 2019.
A previsão revisada agora coloca o pico de atividade do ciclo solar 25 entre janeiro e outubro de 2024, segundo um comunicado da NOAA. Além de se manifestar mais cedo e de maneira mais forte, o máximo solar vai durar mais tempo.
Como a NOAA define o máximo solar
Para determinar quando o máximo solar ocorre, os pesquisadores se baseiam em registros históricos de longo prazo do número de manchas solares, estatísticas avançadas e modelos do dínamo solar – o fluxo de gases quentes e ionizados dentro do Sol que geram o campo magnético do astro que, por sua vez, impulsiona o ciclo solar.
“Esperamos que nossa nova previsão experimental seja muito mais precisa do que a previsão do painel de 2019 e, ao contrário das previsões anteriores do ciclo solar, será continuamente atualizada mensalmente à medida que novas observações de manchas solares se tornam disponíveis”, disse o físico Mark Miesch no comunicado da NOAA. “É uma mudança bastante significativa”.
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éticas desencadeadas pelas CMEs podem afetar redes elétricas e sinais de rádio e GPS, tirar satélites do lugar e representar um risco de radiação para pilotos de aviões e astronautas na órbita da Terra.
O aviso prévio de eventos climáticos espaciais pode ajudar a implementar procedimentos de proteção para reduzir os riscos.
Nem todas as interferências das CMEs na magnetosfera são destrutivas, no entanto, e uma perturbação em particular dá origem a um espetáculo impressionante – as auroras. O fenômeno é desencadeado por partículas energéticas que reagem com os átomos de oxigênio e nitrogênio presentes na atmosfera da Terra, sendo redirecionadas para os polos norte (aurora boreal) e sul (aurora austral). Com a proximidade do máximo solar, elas tendem a ser mais frequentes e podem aparecer até em latitudes mais baixas.
Fonte: Olhar Digital
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