A imagem da rocha que aparenta ser uma espinha de peixe faz parte de um renderização criada por Neville Thompson de fotografias tiradas na Cratera Gale
Algumas vezes, imagens captadas de Marte apresentam rochas semelhantes a coisas que conhecemos na Terra, como livros, flores e até rosquinhas. Mas fotos tiradas recentemente pelo rover Curiosity, da Nasa, trazem algo bem mais esquisito do que esses objetos mencionados. Isso porque os registros mostram uma pedra parecida com a coluna espinhal de algum ser vivo.
As imagens foram feitas em março na Cratera Gale, local que cientistas acreditam ter sido um lago no passado. Por lá, o rover encontrou estruturas rochosas cobertas por uma série de “espinhos” alinhados em fileiras horizontais – daí a semelhança com as colunas de animais terrestres.
Rochas na Cratera Gale, em Marte — Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS/NeV-T; renderização por Neville Thompson com Gigapan
Andrew Good, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa na Califórnia, ofereceu uma explicação para esse achado ao site de notícias americano Fox News. “Frequentemente, as rochas de formato estranho têm sua origem num passado antigo, quando a água líquida se infiltrou pelas rachaduras nas pedras, trazendo consigo minerais. Esses minerais eram mais duros do que a rocha ao redor deles, então o vento erodiu tudo, exceto eles”, comentou o especialista. Ou seja, nada de fósseis de animais marcianos. As “colunas” são só rochas mesmo.
O rover Curiosity começou a explicar a Cratera Gale em 2012. Com os dados coletados até agora, cientistas acreditam que essa área foi formada pelo impacto de um grande meteoro há cerca de 3,7 bilhões de anos. Segundo a Nasa, a cratera teria sido preenchida tanto pela água subterrânea de Marte quanto por rios alimentados pela chuva e por neve derretida. Assim, é provável que a região tenha abrigado um grande lago contendo cascalho, areia e lodo.
Um dos objetivos principais da Curiosity é determinar se nosso planeta vizinho é – ou já foi – adequado para a vida. Por isso, a missão tem analisado pontos como o clima e a geologia marciana.
Fonte: Revista Galileu
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