Feijão Borboleta promete impulsionar agricultura familiar em Maricá
24 de janeiro de 2025

Com o aumento do interesse por alimentos saudáveis e sustentáveis, o feijão borboleta surge como uma alternativa promissora para agricultores familiares da cidade de Maricá.

Reconhecido por suas flores azuis vibrantes e suas propriedades medicinais, o cultivo da planta está ganhando espaço no mercado brasileiro, com potencial de gerar renda e fortalecer a economia local. Essa iniciativa integra o projeto Inova Agroecologia Maricá, fruto de uma parceria entre a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

A cultura do feijão borboleta, considerado uma Planta Alimentícia Não Convencional (PANC), é uma novidade na região, mas já apresenta resultados promissores. Enquanto o grão serve como adubo, as flores, que possuem alto valor comercial, estão no centro da produção. Utilizadas como corante natural na gastronomia, as pétalas azuis podem ser aplicadas em diversas receitas, como bolos, massas, chás e sucos, além de oferecerem propriedades calmantes e antioxidantes.

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“É uma planta nativa da Ásia tropical que conquistou paladares no mundo todo e se destaca pelo fácil cultivo, seus efeitos corantes e benefícios à saúde”, explica o professor e engenheiro agrônomo Antônio Abboud, da UFRRJ, um dos responsáveis pelo projeto. Segundo ele, a crescente demanda por flores in natura ou desidratadas abre novas possibilidades de mercado para os pequenos produtores. 

No Leste Asiático, o feijão borboleta é amplamente cultivado há séculos, e agora, no Brasil, desponta como uma cultura versátil e de alto valor agregado. Em Maricá, a expectativa é que a iniciativa não só beneficie os agricultores familiares, mas também contribua para o desenvolvimento sustentável e para a diversificação da economia local. 

A produção da planta faz parte de uma estratégia de inovação agroecológica, que alia técnicas sustentáveis ao fortalecimento da agricultura local. O feijão borboleta é resistente, de fácil manejo e possui boa adaptabilidade ao clima brasileiro, o que favorece sua inclusão no sistema de cultivo agroecológico. 

Com o apoio técnico da UFRRJ e a estruturação proporcionada pela Codemar, o projeto busca capacitar os agricultores, melhorar o escoamento da produção e popularizar o uso do feijão borboleta entre os consumidores. “Queremos não apenas diversificar a produção local, mas também posicionar Maricá como uma referência na produção de PANCs no Brasil”, conclui Abboud. 

A aposta no feijão borboleta reflete uma tendência crescente de valorização de produtos naturais e funcionais, alinhada ao movimento global por práticas agrícolas sustentáveis. Se depender do sucesso inicial, a flor azul promete pintar um futuro próspero para os agricultores familiares de Maricá.

Fonte: LSM

 
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