A oração é uma prática milenar, estimulada por diversas religiões como uma forma de contato direto com Deus, a técnica, além da religião, também pode ser benéfica para o cérebro, como comprovam alguns estudos.
Desde acalmar a mente, regular emoções, melhora de foco e atenção à liberação de neurotransmissores do bem-estar, os efeitos da oração tem sido cada vez mais explorados pela ciência.
A neurociência por trás da oração
De acordo com o Pós PhD em neurociências, e membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a oração tem impacto no funcionamento cerebral.
“Durante a oração há uma ativação de regiões específicas, como o córtex pré-frontal medial e o córtex cingulado posterior e anterior, partes normalmente relacionadas à autorreflexão, mas com ligações também com a empatia. Além disso, ela também ajuda a reduzir a atividade da amígdala, região relacionado ao estresse e questões emocionais“.
“O ato de orar também ajuda na liberação de neurotransmissores relacionados com o prazer e bem-estar geral, como endorfina e dopamina, o que explica a sensação de paz trazida pela oração, o que ajuda na redução do estresse e ansiedade“.
“Pelo termo oração ser muito vago, podendo abranger desde pedidos e autoreflexões, a mantras e meditações, os efeitos podem variar de pessoa para pessoa, mas em geral, há indicações de que eles sejam positivos para a saúde mental e emocional“, explica Dr. Fabiano.
Orações repetitivas: Os mantras e o cérebro
Orações realizadas com a repetição de frases ou fonemas associada à meditação, como o rosário, ho’oponopono ou meditações budistas com mantras, também é benéfica para a saúde mental, indica o estudo “Scientific Evidence of Health Benefits by Practicing Mantra Meditation: Narrative Review“.
O estudo apontou benefícios desse tipo de prática relacionados à insônia, depressão, estresse, e até a percepção da dor. Também foi indicada a redução da frequência cardíaca durante a prática, além da prevenção de burnout em profissões estressantes e revelou uma relação entre os benefícios e alterações cerebrais funcionais ocorridas a partir de 3 meses de prática.
Sobre Dr. Fabiano de Abreu Agrela
Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues MRSB é Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA – American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society, Numerical e HELLIQ Society High IQ. Autor de mais de 220 artigos científicos e 17 livros.
Fonte: Tn Sustentável
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