De acordo com o balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF), número de feridos chegou a 1.298 em seis dias da operação especial
As rodovias federais tiveram 1.160 acidentes (sinistros), 106 mortos e 1.298 feridos em seis dias da Operação Carnaval 2022, de acordo com o balanço oficial da Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgado na manhã desta quinta-feira (3).
Se comparado com 2021, houve crescimento no número de sinistros, mortes e feridos. Em 2021, foram 789 ocorrências com 77 mortes e 1.020 feridos.
De acordo com o inspetor Azevedo, coordenador geral de Segurança Viária da PRF, o comportamento dos usuários reflete bem os resultados da operação. “A movimentação neste carnaval foi mais intensa e ficou difusa. O fator humano contribuiu com mais 90% das ocorrências”.
Além disso, segundo o inspetor, a travessia de pedestres em locais inapropriados, o uso do álcool e as ultrapassagens indevidas foram os grandes responsáveis pelos sinistros, neste carnaval.
Excesso de velocidade “ignorado”
Entretanto, como ocorreu nos últimos dois anos, a PRF deixou de mencionar os números referentes à fiscalização de condutores em excesso de velocidade, outro fator que contribui significativamente para a ocorrência de sinistros graves com mortes.
Segundo o balanço, os policiais fiscalizaram 165.319 pessoas, 132.931 veículos e realizaram 78.958 testes de bafômetro, sendo que 2.554 condutores foram autuados por dirigirem bêbados. A cada 31 testes, um condutor foi flagrado dirigindo sob o efeito de álcool; sendo que 215 condutores foram presos em flagrantes e, a cada 367 testes, um foi preso e levado para a Delegacia de Polícia.
Além disso, outros 8.296 motoristas foram multados por não usarem o cinto de segurança, e 10.921 condutores foram autuados por realizarem ultrapassagens perigosas.
Ainda que boa parte seja evitável, os sinistros seguem como um dos principais causadores de mortes em todo o mundo. Além do álcool, o excesso de velocidade está como um dos principais causadores de sinistros com mortes ou feridos graves com sequelas, muitas vezes permanentes.
Entretanto, desde abril de 2019, a PRF deixou de fiscalizar os condutores nas rodovias federais que abusam da velocidade. Historicamente, a Corporação sempre atuou com rigor no combate a esse tipo de infração. Mas, nos últimos anos, deixou de fiscalizar.
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