Ministério Público afirma que, dos quase R$ 2 milhões angariados por solidariedade na ocasião, grande parte foi para pagar uma empreiteira
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) afirma que uma verba recebida pela Prefeitura de Petrópolis, na Região Serrana, em 2011, posteriormente a uma também tragédia que deixou cerca de 5 mil desabrigados e mais de 70 mortos após um intenso temporal, foi utilizada indevidamente pelo município.
Na ocasião, o Poder Executivo petropolitano abriu uma conta bancária para receber doações, que vieram de todo o Brasil. Ao todo, foram quase R$ 2 milhões arrecadados. No entanto, de acordo com a investigação do MPRJ, em vez de ser usada para auxiliar as pessoas desalojadas, a quantia, que só saiu dos cofres municipais em dezembro de 2012 – isto é, quase 2 anos depois -, teve grande parte direcionada ao pagamento de uma empreiteira. Vale ressaltar que, à época, quem comandava Petrópolis era Paulo Mustrangi, que atualmente é o vice-prefeito da cidade.
Diante da situação, o MPRJ solicitou que Mustrangi e o então secretário de Fazenda de Petrópolis, Hélio Braga, sejam condenados por improbidade administrativa. Na investigação, afirma-se ainda que as autoridades petropolitanas se aproveitaram do sentimento de solidariedade em torno da situação para quitar obras públicas, que, na verdade, deveriam ser pagas pelo Tesouro Municipal.
Vale ressaltar que a ação judicial referente ao caso, movida em 2017, havia sido arquivada na última sexta-feira (11), ou seja, 4 dias antes da nova tragédia em Petrópolis, ocorrida na terça (15). Para tal, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) entendeu que não havia nenhuma irregularidade.
O que diz a Prefeitura
A Prefeitura de Petrópolis, por sua vez, alega que toda a referida verba foi destinada a obras de infraestrutura no local da tragédia de 2011, na região do Vale do Cuiabá, em Itaipava. Essas intervenções foram realizadas pela empresa ”Erwil Construções Ltda”.
Fonte: Diário do Rio
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