Ocorrências em São João da Barra e em Campos mais que dobraram em janeiro quando comparado ao mesmo período do ano passado
O número de afogamentos no mês de janeiro, somente nas praias de São João da Barra e Campos dos Goytacazes, deixou o 5º Grupamento de Bombeiros Militar em alerta máximo. As ocorrências mais que dobraram em relação ao mesmo período de 2023. De acordo com a assessoria de comunicação da instituição, de 1 a 30 de janeiro, em Farol de São Thomé, aconteceram 183 resgastes este ano; foram 67 no ano passado, Já em SJB, em janeiro de 2023 foram 48 resgates. Já em 2024, foram 145 ocorrências.
Para a corporação, alguns fatores influenciaram no aumento de registros, como as condições do mar que ficou mais agitado devido às mudanças climáticas que ocorreram em janeiro deste ano. “Em 2023 o tempo ficou mais estável. Outro fator é a movimentação nas praias que vem crescendo significativamente após o período de pandemia. A população está voltando a ter a normalidade restabelecida e frequentando locais abertos com mais frequência”, avalia a nota da assessoria.
Ainda de acordo com o 5º GBM, parte da população não atenta para os perigos e riscos que o mar apresenta. “Mesmo parecendo inofensivo, o mar tem suas ondas, correntes, além da profundidade que pode surpreender os banhistas. O Corpo de Bombeiros RJ atua nas praias da região guarda-vidas, apoio de quadriciclos, motos aquáticas e veículos 4×4, que fazem prevenção tanto na água quanto na orla, devido à extensão das praias.
Desde o dia 1º de janeiro de 2024, o CBMERJ já foi acionado para 5.850 salvamentos marítimos em todo o estado do Rio de Janeiro. Mais de 285 mil ações de prevenção foram realizadas pelos guarda-vidas neste período, a fim de evitar afogamentos na orla fluminense.
Dicas de segurança nas Praias:
– Procure sempre por locais onde exista um posto de guarda-vidas;
– Informe-se com os militares sobre o local mais apropriado para o banho de mar;
– Respeite as placas e/ou bandeiras de sinalização de risco;
– Jamais entre em locais com bandeira vermelha. Elas indicam uma corrente de retorno.
– Se beber, não mergulhe. Bebidas alcoólicas prejudicam a capacidade psicomotora.
– Não perca as crianças de vista; Se possível, identifique-as com uma pulseira.
– No mar, mantenha os menores a um braço de distância.
– Se presenciar um afogamento, busque auxílio de um guarda-vidas ou ligue 193.
Orientações em piscinas
Nas piscinas de hotéis, clubes e condomínios, as piscinas são consideradas de uso coletivo, e para elas existem regras estipuladas em legislação estadual vigente.
As piscinas devem ser registradas no Corpo de Bombeiros, com informações sobre tamanho e quantidade;
Devem dispor de guardião de piscina registrado pelo Corpo de Bombeiros;
Devem ter disponíveis para uso em caso de emergência diversos dispositivos de primeiros socorros, como cilindro de oxigênio, máscaras e ambu para ventilação;
Devem ser cercadas com telas ou grades de proteção, para evitar o acesso irrestrito de crianças sem o acompanhamento de pais e responsáveis;
Devem ter cadeira de guardião de piscina, para auxiliar no monitoramento das piscinas;
A piscina necessita ter um sistema anti-aprisionamento nos ralos, com desligamento automático e com boteira para interrupção imediata do funcionamento das bombas para evitar que alguma pessoa fique presa na sucção dos ralos;
E lembrando sempre que mesmo com o guardião no local, as crianças não devem estar sozinhas na água. A supervisão de pais e responsáveis deve ser constante, com uma distância no máximo de um braço, que é a distância segura para segurar a criança em caso de afogamento.
Os afogamentos em casa podem ser evitados
Se você tem piscina em casa, é fundamental que você instale grades, cercas ou que coloque redes de proteção. Isso vai impedir que bebês e crianças caiam no fundo por causa de algum descuido.
Outro fator importante é evitar deixar brinquedos na água, as crianças ficam atraídas e acabam querendo pegá-los, se afogando.
A corporação também não recomenda o uso de bóias de braço e de cintura, por exemplo, elas facilmente podem escapar e a criança vai se afogar. Dê preferência aos coletes salva-vidas infantis homologados pela marinha do brasil.
Se a sua piscina tem ralos, utilize sempre os ralos anti-aprisionamento, eles vão impedir que o cabelo e partes do corpo das crianças fiquem presas em caso de contato direto.
O afogamento é silencioso, por isso é fundamental o monitoramento 100% do tempo em cima das crianças. Não se distraia com telefone celular ou com qualquer outra conversa paralela. A melhor forma de prevenção é vigiá-los o tempo todo.
Estar preparado para emergências também é importante, se puder faça treinamentos de reanimação a afogados. Presenciando qualquer emergência acione o corpo de bombeiros.
Rios, lagos e saltos
Outro fator importante que precisa ser ressaltado e comentado é sobre a prática de saltos nas margens de rios, lagos e lagoas…. Essa prática é totalmente arriscada devido aos diversos acidentes que podem acontecer com esses banhistas…
O Corpo de Bombeiros RJ alerta quanto ao alto risco relacionado a saltos de pedras, mirantes, pontes ou outros locais elevados às margens de lagos, lagoas, rios e cachoeiras.
A prática é muito perigosa e totalmente contraindicada pela corporação, podendo ocasionar afogamentos, traumas, lesões graves e irreversíveis e até mesmo a morte.
Nesses locais, muitas vezes não é possível determinar a profundidade, a correnteza, a presença de pedras, troncos, galhos e raízes submersos, abaixo do espelho d’água.
O Corpo de Bombeiros RJ realiza ações de prevenção nos locais de maior frequência e incidência de acidentes, e também nas suas redes sociais, com campanhas de conscientização como “Não Arrisque Sua Vida Por Likes” e “Sua Vida Vale Mais Que Uma Selfie”. Não se aventure em locais de risco.
O espelho d’água tranquilo às vezes dá uma falsa sensação de segurança, mas no fundo pode haver lama, lodo, raízes e galhos, que podem facilmente se prender a partes do corpo, provocando afogamentos.
Mesmo em rios conhecidos, o relevo do fundo pode mudar por deslocamento do solo e troncos, alterando a profundidade da água. É desaconselhável o salto nesses locais, tendo em vista o risco de lesões e traumas.
A correnteza forte, assim como os remansos são outras situações de grande perigo nos rios. Em dias de chuva intensa, a elevação súbita do nível da água pode acabar arrastando quem está se banhando ou próximo às margens.
Recomendações gerais
O principal seria mesmo a questão da população atentar quanto aos riscos de afogamento e evitar se colocar em situações de perigo.
Respeitar as sinalizações das bandeiras na orla que informam as condições do mar.
Procurar se banhar sempre próximo aos postos de guarda vidas nas praias.
Manter atenção constante sobre as crianças.
Evitar ingerir bebida alcoólica antes de entrar no mar.
Evitar tomar banho em rios, lagos e lagoas, mesmo que sejam conhecidos. Esses locais não são seguros e podem causar acidentes e até a morte.
Cobrir ou cercar piscinas residenciais para evitar que crianças caiam e se afoguem.
Não deixar crianças sozinhas, sem a companhia de um responsável, no mar ou na piscina, mesmo com a presença do guarda vidas ou do guardião de piscina.
Optar pelos coletes salva-vidas ao invés das boias de braço ou de cintura.
Em qualquer situação de emergência evitar entrar na água pra efetuar o socorro, pois poderá ser mais uma vítima.
O importante é tentar fornecer algum material flutuante pra essa vítima, não tirar os olhos sobre essa vítima e acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.
Com informações do 5º GBM
Fonte: Jornal Terceira Via
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