Antes da tragédia, o pai do piloto Jefferson Rodrigues Ferreira, 36 anos, conversou com o filho por telefone. O avião comandando por Jefferson chocou-se contra um morro e explodiu na noite desta quarta-feira (23), na divisa entre Santa Branca e Paraibuna, no Vale do Paraíba. Além de Jefferson, outras quatro pessoas morreram. Os corpos foram encontrados na manhã desta quinta-feira (24).
Filho de um aviador, Jefferson trabalhava como piloto havia 13 anos e tinha mais de 5 mil horas de voo. Ele era casado e não tinha filhos. Bastante abalado, o pai de Jefferson, conhecido na região como Carlão, também piloto, disse que conversou com o filho na tarde desta quarta, antes do acidente, ocasião em que o piloto afirmou que passaria em Belo Horizonte e seguiria para Salvador.
“Meu filho era um exímio piloto, estou tentado me conter aqui. Estamos todos aqui sem terra”, disse Carlos Ferreira. Além de Jefferson, o co-piloto, Dulcival da Conceição Santos, de 39 anos, também morreu no acidente. Outras três vítimas fatais, passageiros, ainda não foram identificadas.
Jefferson era natural do interior da Bahia e faria aniversário no próximo dia 29. Ele era natural de Guanambi, na região sudoeste da Bahia.
O acidente
O avião, um EMB-121 (Xingu) caiu e explodiu no Sítio Santa Terezinha, no bairro Caetê, em Santa Branca. As informações iniciais de sinistro foram emitidas por meio de comunicado da Polícia Militar e do Controle de Tráfego Aéreo, que confirmou a perda de sinal da aeronave e a subsequente queda.
De acordo com relatos de moradores da região, por volta das 18h30, foi avistada uma aeronave em queda livre, que ao se chocar com o solo, pegou fogo. Ao chegar, as equipes constataram que a aeronave estava completamente destruída, com destroços espalhados por uma área de aproximadamente 500 metros. Havia focos de incêndio no local, controlados pelos bombeiros e pela chuva que caía com intensidade no momento.
Durante a inspeção inicial, foram encontrados fragmentos de corpos humanos espalhados pela área, impossibilitando a identificação imediata das vítimas. Segundo informações do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA 4), a aeronave havia decolado do Aeroporto Hercílio Luz, em Florianópolis (SC), com destino ao Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), realizando um voo de Evacuação Aeromédica (MEDEVAC) com cinco ocupantes a bordo.
Antes da queda, os pilotos solicitaram desvios de rota devido às condições meteorológicas adversas. Pouco tempo depois, o radar registrou oscilações de altitude e, em seguida, o sinal da aeronave desapareceu. As investigações preliminares não identificaram ainda os passageiros, e as condições do local e do clima atrasaram o início dos trabalhos de perícia.
Fonte: Sampi Net
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