Mais um acidente no acesso ao Arco Metropolitano (BR-493) em Seropédica
17 de agosto de 2024

Desde a inauguração do Arco Metropolitano, que atravessa o município de Seropédica, diversos acidentes ocorreram na região. Esses acidentes foram causados por diferentes fatores, incluindo a ausência de alças de acesso à BR-493, a falta de retornos próximos e, em alguns casos, por imprudência dos motoristas.

Na manhã deste sábado (17), mais um acidente aconteceu na antiga Estrada Rio-São Paulo, km 50, na alça de acesso ao Arco Metropolitano, para quem se dirige à Dutra ou à Serra de Petrópolis. Um motorista, ao tentar economizar 2,5 km de percurso para pegar o retorno, colidiu com outro veículo que vinha no sentido oposto, resultando em um grave acidente com duas vítimas.

Várias solicitações foram feitas à ANTT e à concessionária EcoRioMinas para resolver o problema na localidade, devido ao elevado número de acidentes, incluindo alguns fatais. No contrato de administração da rodovia, há cláusulas que estipulam que as obras só serão realizadas seis anos após a concessão.

Felizmente, no acidente de hoje, as duas vítimas não sofreram ferimentos graves e foram atendidas no local pela equipe do SAMU do Corpo de Bombeiros e pela equipe de ambulância da concessionária EcoRioMinas. O SAMU enviou três ambulâncias com as equipes: Diogo e Alexsandro, técnicos de enfermagem; Gabriel Barcellos e Charles Rogério, condutores socorristas; Rogério Coutinho, técnico de enfermagem; e Marcus Paulo, condutor socorrista.

Conheça a história da falta de uma alça de acesso ao Arco Metropolitano em Seropédica

Há dez anos, o Arco Metropolitano do Rio foi inaugurado com a promessa de impulsionar o desenvolvimento do estado e, especialmente, da região atravessada pela via, além de aliviar o trânsito na Avenida Brasil e na Via Dutra. Uma década depois, a rodovia ainda é subutilizada. Entre Duque de Caxias e Itaguaí, cerca de 34 mil veículos passam diariamente pelos dois sentidos da via. Mal iluminada e considerada insegura, a rodovia é evitada por muitos motoristas.

Durante as obras, foram encontradas pererecas raras no local onde seria construída a alça de acesso. Essas pererecas, com apenas dois centímetros de comprimento e ameaçadas de extinção, causaram um atraso significativo na construção do Arco Metropolitano. O governo do estado teve que gastar R$ 18 milhões na construção de um viaduto para preservar o habitat natural das pererecas, conforme exigência de órgãos ambientais. Pouco mais de um ano após a inauguração da rodovia, um levantamento mostrou que a Physalaemus soaresi, a espécie de perereca, está se proliferando na área protegida, com sua vocalização ecoando por toda a região.

 Pererecas raras que atrasaram Arco Metropolitano se multiplicam Foto: Reprodução

A espécie vive na área da Floresta Nacional Mário Xavier, de responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Seropédica. O chamado Viaduto das Pererecas fica no Km 98 do Arco, próximo à alça de acesso à Rodovia 465 (antiga Rio-São Paulo).

A Physalaemus soaresi se reproduz na estação chuvosa, entre outubro e fevereiro. Machos vocalizam em áreas alagadas, onde constroem ninhos de espuma flutuante.

No projeto original do Arco Metropolitano, estava previsto o aterro da área dos banhados da Physalaemus soaresi para a abertura de duas pistas. Além disso, a construção das alças de acesso à antiga Rio-São Paulo representava riscos para espécies, como o peixe-das-nuvens ( Notholebias minimus ), também na Lista das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção. O Arco — cujas obras começaram em 2008 — deveria ter ficado pronto em 2010, mas a descoberta da perereca e de cerca de 60 sítios arqueológicos, além de processos de desapropriação, atrasaram a obra. O primeiro trecho foi entregue em julho de 2014.

Um estudo realizado por biólogos mostrou que a espécie aproveitou a “oportunidade”. “Pela primeira vez após a finalização das obras do Arco Metropolitano na Flona (Floresta Nacional) Mário Xavier, nos dias 13 e 14 de janeiro de 2016, durante o monitoramento mensal da Physalaemus soaresi , constatou-se a presença de indivíduos da espécie através de visualizações e vocalizações, bem como de seus ninhos, embaixo do viaduto do banhado”, diz um trecho do relatório. O monitoramento deverá prosseguir até 2019.

Vejam o Acidente deste sábado (17)

A espécie Physalaemus soaresi habita a Floresta Nacional Mário Xavier, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Seropédica. O chamado Viaduto das Pererecas está localizado no Km 98 do Arco Metropolitano, próximo à alça de acesso à Rodovia 465 (antiga Rio-São Paulo).

A Physalaemus soaresi se reproduz durante a estação chuvosa, entre outubro e fevereiro. Durante esse período, os machos vocalizam em áreas alagadas, onde constroem ninhos de espuma flutuante.

No projeto original do Arco Metropolitano, estava previsto o aterro das áreas de banhados que abrigam a Physalaemus soaresi para a construção de duas pistas. Além disso, a construção das alças de acesso à antiga Rio-São Paulo apresentava riscos para outras espécies ameaçadas, como o peixe-das-nuvens (Notholebias minimus). As obras do Arco, iniciadas em 2008, deveriam ter sido concluídas em 2010. No entanto, a descoberta da perereca e de cerca de 60 sítios arqueológicos, além de processos de desapropriação, resultaram em atrasos. O primeiro trecho da rodovia foi entregue apenas em julho de 2014.

Um estudo realizado por biólogos revelou que a Physalaemus soaresi se adaptou bem ao novo ambiente. Em um monitoramento realizado em 13 e 14 de janeiro de 2016, foi confirmada a presença da espécie, com visualizações e vocalizações, bem como a localização de seus ninhos embaixo do viaduto do banhado. O monitoramento da espécie continuou até 2019.

Veja o acidente deste sábado (17) (Placas de veículos do acidente apagadas)

 
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