O g1 enviou dois e-mails à Prefeitura do Rio questionando o motivo da boate, mesmo estando interditada pelos bombeiros, ainda continuava funcionando. A reportagem também questionou se houve aplicação de multas e se a casa de shows pagou. No entanto, o município não respondeu.

Enquanto isso, a 5ª DP (Mem de Sá) tenta entender o que aconteceu para que o modelo despencasse do terceiro andar.

Por isso, segundo o delegado Deoclécio Assis, titular da 5ª DP, ele vai intimar o dono da boate, amigos e parentes de Suede. Além dos socorristas do Corpo de Bombeiros e os médicos do Hospital Municipal Souza Aguiar para eles explicarem o que causou a morte do rapaz.

Suede estava no terceiro andar da boate saindo de um espaço chamado pista funk quando caiu. Um frequentador da boate que estava perto do modelo viu o momento em que ele despencou.

De acordo com esse frequentador, Suede estava perto do vão da escada, na saída da pista de dança quando se desequilibrou e caiu entre um vão.

A Steet Lapa Entretenimento LTDA, segundo a Receita Federal, está no nome do empresário Jorge Luiz do Nascimento Junior.

Com capital social de R$ 100 mil, Júnior, que aparece como sócio-administrador, e desde 1ª de janeiro de 2020 está com as portas abertas na região mais boêmia da cidade.

Nas redes sociais, a casa de shows diz que tem “o melhor open bar da Lapa”. O local tem quatro pistas de dança que tocam pop, funk, eletrônica e pagode. Foi do terceiro andar, onde funciona a pista de funk, que o modelo caiu.

Mesmo interditada, a boate vende ingressos de mais de R$ 60 por pessoa. O g1 tenta contato com os responsáveis pela Street Lapa.

Boate fez festas clandestinas na pandemia

Em 2021, já interditada e no auge da pandemia da Covid-19, a Strett Lapa foi uma das boates que despeitou as medidas sanitárias impostas pelo município do Rio e lotou sua casa de shows.

O espaço chegou a ser fechado pela própria Seop e o responsável pelo estabelecimento levado para a 5ª DP (Mem de Sá).

O g1 questionou a Prefeitura do Rio se a boate havia sido multada durante a pandemia e se essas multas foram pagas. No entanto, a reportagem não obteve retorno.