Um outro homem, de 30 anos, ficou ferido e foi encaminhado para o Hospital Souza Aguiar, no Centro.

O imóvel onde antes funcionava uma loja de doces estava vazio. Além do carro onde uma pessoa ficou soterrada, outros dois veículos foram atingidos. Postes também caíram.

Ainda não se sabe ainda a causa do desabamento. O imóvel é tombado pela Prefeitura do Rio.

A via precisou ser interditada. Bombeiros foram acionados às 13h29 para o local. Depois do desabamento, muita fumaça tomou conta do local, que fica perto da Central do Brasil.

“O isolamento aqui é muito importante. Essa parte atrás tem risco de queda de parte da estrutura, por isso a gente pede que o pessoal fique um pouco afastado”, disse o porta-voz do Corpo de Bombeiros, major Fábio Contreiras.

Segundo ele, foram feitas 3 vistorias em 3 veículos diferentes e não foi encontrado nenhum ferido.

“Não há vítimas reclamadas”, disse Contreiras. Ele acrescentou, porém, que mais partes dos andares superiores do imóvel corriam risco de desabar “a qualquer momento”.

Além de bombeiros, técnicos da Defesa Municipal, operadores da Light, agentes da Defesa Civil do estado, agentes da CET-Rio e a Guarda Municipal foram acionados para o local.

A 4ª DP (Presidente Vargas) investiga o acidente.

“Já determinei a abertura de um registro por desabamento e pedi um ofício para a subprefeitura para obter e o histórico do imóvel e ouvir o proprietário em depoimento sobre o porquê não efetuou nenhum reparo, apesar das notificações da Defesa Civil. Ao que tudo indica, o proprietário pode ser indiciado por desabamento doloso, com pena duplicada por morte”, disse o delegado Mário Andrade.

Mas uma nova varredura, com o apoio de cães farejadores, foi feita à tarde. Finalizadas as buscas, Defesa Civil iniciou a vistoria do imóvel em questão e também dos imóveis do entorno para a avaliação do impacto.

Depois, segundo a Prefeitura, a ⁠Defesa Civil entra com um pedido para a Seconserva para a demolição do 2º e 3º andar. Quanto ao 1º andar, vai depender da vistoria da Defesa Civil avaliar se também será demolido ou não.

O subprefeito do Centro, Alberto Szafran, disse que o dono do imóvel foi notificado pela Defesa Civil, que esteve no local em 2023 e 2024.

“O proprietário foi notificado em relação ao estado de abandono do imóvel e ele vai ser responsabilizado pelo que aconteceu agora”, disse ele.

Ele afirmou ainda que conversas sobre um programa de subsídios para proprietários de imóveis nessas condições que a prefeitura vai lançar “estão avançadas”.

A Prefeitura do Rio informou que as ruas Senador Pompeu e Visconde da Gávea permanecem parcialmente interditadas ao tráfego de veículos em função do trabalho das equipes.

A alternativa para os motoristas é seguir pela Rua Marcílio Dias, a partir da Rua Bento Ribeiro, em frente à Central do Brasil; acessar a Rua Visconde da Gávea, na lateral do Palácio Duque de Caxias; e seguir pela Avenida Marechal Floriano até a Rua Alexandre Mackenzie ou a Avenida Passos.