Pesquisa revela ainda que o país desembolsou quase R$ 13 bilhões com 64.447 ocorrências em 2022
O pico dos acidentes em rodovias federais em 2022 foi durante o período do Carnaval. De acordo com a análise da CNT, da sexta-feira de folia à Quarta-Feira de Cinzas do ano passado foram registrados 1.160 acidentes.
Em segundo e terceiro lugares estão os feriados de Proclamação da República (15 de novembro) e Corpus Christi (8 de junho), cujo total de acidentes foi de 1.079 e 901, respectivamente. Para ambos também foi considerado o intervalo quantitativo de cinco dias de feriado, já que houve emenda de dias.
O ranking de custos de 2022 por estado é liderado por Minas Gerais (R$ 1,69 bilhão), que tem a maior malha rodoviária do país, com mais de 15.000 km. Na sequência, estão Paraná e Santa Catarina, com R$ 1,41 bilhão e R$ 1,32 bilhão, respectivamente.
Dias da semana com mais acidentes
Como já é esperado, de sexta-feira a domingo são os dias com os maiores índices de acidentes. Somados, os três dias representam quase metade dos registros, com 48%, e pouco mais da metade do número de mortes, com 53,7%.
Muitas rodovias federais estão em estado péssimo no Brasil — Foto: André Schaun
Perfil que mais se envolve em acidentes
Dentre as pessoas envolvidas, prevalecem aquelas acima de 45 anos de idade (28%), sendo que o sexo masculino corresponde a 70% dos envolvidos e 81% do número de óbitos.
Automóveis na liderança
Automóveis lideram a lista de veículos implicados em acidentes e mortes, tendo a colisão (60%) como o tipo mais frequente. Metade dessas ocorrências acontece em pistas simples, associadas ao intervalo de tempo de pleno dia — ou seja, entre o amanhecer e o anoitecer.
As reações tardia, ineficiente ou a ausência de reação por parte do condutor são indicados como os fatores predominantes na causa de acidentes com vítimas. Juntos, representam 25% desses eventos.
Rodovias com mais acidentes
Em relação ao número de acidentes em rodovias com vítimas, em 2022 houve um aumento de 0,2% de ocorrências e 0,7% no número de mortes, na comparação com 2021 — 5.432 mortes ano passado contra 5.396 em 2021.
A BR-101, que vai do Nordeste até o Sul, contabilizando 9.079 acidentes com vítimas — Foto: André Schaun
Nesse recorte, a rodovia com o maior número de registros foi a BR-101, contabilizando 9.079 acidentes com vítimas. Já em relação ao número de mortes, a BR-116 é a “rodovia da morte”: somente em 2022, foram 640 vidas perdidas nesta malha.
A BR-101 tem início no município de Touros, no Rio Grande do Norte, e termina em São José do Norte, no Rio Grande do Sul. São 4.650 km de extensão. Já a BR-116 vai de Fortaleza, no Ceará, até Jaguarão, no Rio Grande do Sul, já na fronteira com o Uruguai.
Rodovias em péssimas condições
Em parte, a violência no trânsito nas rodovias brasileiras está relacionada à falta de infraestrutura rodoviária, tendo em vista que o estado geral da malha brasileira está degradado. Dos 110.333 quilômetros avaliados pela Pesquisa CNT de Rodovia no ano passado, 66% foram classificados como regular, ruim ou péssimo.
Fonte: Auto Esporte
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