Cada acidente em rodovia federal custou mais de R$ 200 mil ao Brasil
28 de fevereiro de 2023
O custo total estimado para o Brasil com os acidentes ocorridos em rodovias federais em 2022 foi de R$ 12,9 bilhões, de acordo com a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Ao todo foram 64.447 registros, sendo que 52.948 deles acabaram com vítimas — mortos ou feridos —, portanto, o valor médio de cada acidente fica na faixa dos R$ 200 mil. Mais de 60% das rodovias brasileiras estão em más condições.
 
O cálculo é realizado, exclusivamente, pela CNT e leva em considerações despesas diretas e indiretas, como gastos associados a atendimento hospitalar, previdenciário e perda de produção. Esses parâmetros elaborados pela CNT têm como base os dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e incluem também danos materiais, sinistros de cargas, processos judiciais, deslocamentos e mobilização policial, além de impactos ambientais.
 

O pico dos acidentes em rodovias federais em 2022 foi durante o período do Carnaval. De acordo com a análise da CNT, da sexta-feira de folia à Quarta-Feira de Cinzas do ano passado foram registrados 1.160 acidentes.

Em segundo e terceiro lugares estão os feriados de Proclamação da República (15 de novembro) Corpus Christi (8 de junho), cujo total de acidentes foi de 1.079 e 901, respectivamente. Para ambos também foi considerado o intervalo quantitativo de cinco dias de feriado, já que houve emenda de dias.

O ranking de custos de 2022 por estado é liderado por Minas Gerais (R$ 1,69 bilhão), que tem a maior malha rodoviária do país, com mais de 15.000 km. Na sequência, estão Paraná e Santa Catarina, com R$ 1,41 bilhão e R$ 1,32 bilhão, respectivamente.

Dias da semana com mais acidentes

Como já é esperado, de sexta-feira a domingo são os dias com os maiores índices de acidentes. Somados, os três dias representam quase metade dos registros, com 48%, e pouco mais da metade do número de mortes, com 53,7%.

Muitas rodovias federais estão em estado péssimo no Brasil  — Foto: André Schaun

Muitas rodovias federais estão em estado péssimo no Brasil — Foto: André Schaun

Perfil que mais se envolve em acidentes

Dentre as pessoas envolvidas, prevalecem aquelas acima de 45 anos de idade (28%), sendo que o sexo masculino corresponde a 70% dos envolvidos e 81% do número de óbitos.

Automóveis na liderança

Automóveis lideram a lista de veículos implicados em acidentes e mortes, tendo a colisão (60%) como o tipo mais frequente. Metade dessas ocorrências acontece em pistas simples, associadas ao intervalo de tempo de pleno dia — ou seja, entre o amanhecer e o anoitecer.

As reações tardia, ineficiente ou a ausência de reação por parte do condutor são indicados como os fatores predominantes na causa de acidentes com vítimas. Juntos, representam 25% desses eventos.

Rodovias com mais acidentes

Em relação ao número de acidentes em rodovias com vítimas, em 2022 houve um aumento de 0,2% de ocorrências e 0,7% no número de mortes, na comparação com 2021 — 5.432 mortes ano passado contra 5.396 em 2021.

A BR-101, que vai do Nordeste até o Sul, contabilizando 9.079 acidentes com vítimas — Foto: André Schaun

A BR-101, que vai do Nordeste até o Sul, contabilizando 9.079 acidentes com vítimas — Foto: André Schaun

Nesse recorte, a rodovia com o maior número de registros foi a BR-101, contabilizando 9.079 acidentes com vítimas. Já em relação ao número de mortes, a BR-116 é a “rodovia da morte”: somente em 2022, foram 640 vidas perdidas nesta malha.

A BR-101 tem início no município de Touros, no Rio Grande do Norte, e termina em São José do Norte, no Rio Grande do Sul. São 4.650 km de extensão. Já a BR-116 vai de Fortaleza, no Ceará, até Jaguarão, no Rio Grande do Sul, já na fronteira com o Uruguai.

Rodovias em péssimas condições

Em parte, a violência no trânsito nas rodovias brasileiras está relacionada à falta de infraestrutura rodoviária, tendo em vista que o estado geral da malha brasileira está degradado. Dos 110.333 quilômetros avaliados pela Pesquisa CNT de Rodovia no ano passado, 66% foram classificados como regular, ruim ou péssimo.

Fonte: Auto Esporte

Área de comentários

Deixe a sua opinião sobre o post

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comentário:

Nome:
E-mail:
Site: